Nos dias 9 e 10 de maio ocorreu em Aracaju a 5° Mostra, Sergipe aqui tem SUS, Organizado pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Sergipe. Barra dos Coqueiros foi destaque na premiação, garantindo o 1° lugar entre os 38 trabalhos apresentados. O município recebeu a maior pontuação com a apresentação do projeto “Grupo de acolhimento em saúde mental: Experiência interdisciplinar na atenção primária à saúde”, de autoria do Assistente Social, Felipe Pereira de Oliveira.
“É importante ressaltar que essa iniciativa traz uma metodologia inovadora para o SUS. Foi uma satisfação receber a colocação em primeiro lugar pelas características do trabalho, da execução. A avaliação foi feita em cima do que é apontado nos dados epidemiológicos, ou seja, o quanto nós conseguimos mudar a estrutura de cuidado em saúde mental na atenção básica gastando muito pouco com muita criatividade e afeto”, contou Felipe, que atualmente é coordenador do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF).
A Mostra busca reunir experiências inovadoras e que já tenham demonstrado êxito para que possam ser aplicadas no território nacional. A próxima etapa é nacional, a “19° Mostra Brasil, aqui tem SUS” , que tem previsão para 30 de junho.
“Nós iniciamos os grupos de acolhimento em agosto do ano passado, executado pela equipe do NASF após alinhamento teórico e metodológico . Após isso, foram iniciados os trabalhos. É uma proposta de cuidado interdisciplinar ou seja que envolve todas as categorias de trabalhadores do NASF, assistentes sociais, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos. A preocupação inicial do projeto era com as grandes filas para o atendimento de saúde mental, as quais nós conseguimos encerrar”, apontou Felipe Pereira.
O autor do projeto detalha que o atendimento é voltado para aqueles casos mais leves que podem ser tratados na Atenção Primária.
“Funciona no modelo roda de conversa. Ou seja, apresentamos a proposta do grupo, regras de convivência, explicamos o que é saúde mental e iniciamos o processo de escuta qualificada e atendimento dessas demandas de forma coletiva. Caso a pessoa não esteja encaixada no perfil de transtornos leves, vai ser direcionada para um serviço mais específico para o seu quadro”, detalhou o coordenador do NASF.
O projeto é aberto para aqueles que desejam participar. Pessoas atendidas pelas Equipes de Saúde da Família podem ser orientadas/ encaminhadas para o grupo de acolhimento, que se reúne a cada quinze dias na Clínica de Saúde da Família Santa Luzia.